Chile – Torres del Paine


Como falamos no post anterior, decidimos ficar hospedados em Puerto Natales com o objetivo de fazer um tour de 1 dia para visitar o Parque Nacional Torres del Paine.




Compramos o nosso passeio para o Torres Del Paine na recepção do nosso hotel. Fechamos com a empresa W Circuit, mas várias outras agências fazem o mesmo serviço. É só se informar no seu hotel. O valor era de 40.000 pesos chilenos por pessoa, com direito a transporte e guia, sem incluir lanche e a entrada para o parque. No dia seguinte nossos vouchers já estavam disponíveis na recepção. 

O Parque Nacional de Torres del Paine foi criado em 13 de maio de 1959, cobrindo uma área de 227.298 hectares. Foi declarado Reserva da Biosfera pela Unesco em 1978, recebe cerca de 155.000 visitantes por ano e é administrado pela La Corporacion Nacional Florestal (Conaf) desde 1975.

A van da empresa – muito apertada e sem ventilação - chegou em nosso hotel depois das 8h, com um leve atraso. Nossa guia foi a Camila que era muito competente.

O trajeto de Puerto Natales até o parque é de 1 hora e 45 minutos. No caminho avistamos algumas emas e vários guanacos. Resolvemos fazer uma parada para tirar umas fotos e a beleza da região naquele lindo dia de sol já ia nos impressionando.





A próxima parada foi em um mirante perto do Lago Sarmiento, de onde se tinha uma bela vista das famosas Torres. O hotel Tierra Patagônia está bem próximo a esse mirante.



De lá, partimos para a Cascada del Rio Paine que também rendeu belas fotos, não só do rio, como das famosas Torres.





Poucos minutos depois chegamos na Porteria Laguna Amarga, uma das entradas para o Parque. Precisamos sair da van e ir até a sede para efetuar o pagamento da entrada que era de 21.000 pesos chilenos por pessoa.




Com o ingresso pago continuamos nossa aventura e logo avistamos um mirante com uma bela vista do Lago Nordenskjöld. O lago tem esse nome em homenagem ao cientista sueco que fez expedições na região. Como o mirante estava bem cheio, nossa esperta guia nos levou para outro mirante não sinalizado, muito mais vazio e com uma ótima vista do lago e dos “Cuernos del Paine”.




A próxima parada foi no estacionamento do Salto Grande, uma cachoeira bem bonita com uma vazão de 100m3/s.

Desde o estacionamento são 5 minutos de caminhada até o mirante. No caminho mais guanacos e paisagens deslumbrantes.

Chegando lá ainda fomos brindados com um lindo arco íris.









Em seguida chegamos a um mirante que tinha uma ótima vista do Lago Pehoé (“lugar escondido” no dialeto aónikenk).


Logo depois chegamos a um estacionamento em frente a Hosteria Pehoe, bem às margens do lago de mesmo nome. Algumas pessoas foram até a cafeteria da Hosteria para comprar algo para o almoço, enquanto nós ficamos por ali tirando algumas fotos, pois ali é o melhor lugar para observar os Cuernos del Paine e a maior montanha do parque - Paine Grande.




Pouco antes das 14h paramos para almoçar no início do ponto de caminhada do Lago Grey. Tínhamos 1 hora de almoço antes de começar a caminhada até o lago. Lá tem um restaurante e uma excelente cafeteria. Compramos Coca Cola na cafeteria e fomos para a área de piquenique pois tínhamos trazido sanduíche. O local reservado para o piquenique era bem no meio do mato.


Terminando a almoço, voltamos para o local de encontro em frente à cafeteria para iniciarmos a nossa caminhada por uma bonita floresta, passando pela ponte suspensa sobre o Rio Pingo, onde só é permitida a passagem de 6 pessoas por vez.

Logo depois chegamos até uma praia que nos leva às margens do lago. Tiramos fotos e filmamos. O forte vento praticamente nos tirava do lugar.







Antes de sairmos do parque ainda paramos em um mirante que tinha uma bela vista para o Lago Gray, onde ao fundo despontava o Glaciar Grey.



Já fora do parque, voltando para Puerto Natales, ainda fizemos uma última parada em um local chamado Monumento Natural “Cueva del Milodón“, declarado Monumento Histórico Nacional em 1968. O local é uma área protegida que abriga as cavernas do Monte Benítez onde existem vestígios dos restos do animal pré histórico chamado Milodón (uma preguiça gigante de 2,5 metros de altura).

A entrada para conhecer a Cueva del Milodón custava 3.000 pesos chilenos e levamos 40 minutos por lá.



A seguir seguem algumas informações relevantes sobre o Torres del Paine.

COMO CHEGAR

  • Sempre a partir de Puerto Natales, existem várias formas de se chegar ao Parque.
  • De carro, ônibus de excursão ou van (como foi nosso caso), uma opção é a rota 9 (107km) pela qual você chega às entradas Laguna Amarga e Sarmiento. A outra é pela Y-290 (86km a maior parte de terra. Somente 13km asfaltados) por onde se chega pela entrada Serrano.
  • De botes Zodiac (tipo infláveis para corredeiras), que chegam navegando pelo Rio Serrano.
  • De ônibus, que partem da Rodoviária e tem dois horários por dia. Um pela manhã e outro à tarde. Confira os horários na época que você for.

ATRATIVOS

Lagos, Lagunas, Glaciares, Saltos e Cascatas, Rios, Montanhas, Mirantes e Ponte suspensa.

MONTANHAS

  • Paine Grande - 3050m
  • Cuerno Norte - 2400m
  • Cuerno Principal - 2600m
  • Cuerno Este - 2200m
  • Torre Norte - 2248m
  • Torre Central - 2800m
  • Torre Sur - 2850m
  • Monte Almirante Neto - 2668m

ATIVIDADES

O Parque oferece diversas atividades recreativas como trekking, passeios com guias, passeios a cavalo, kayak, caminhadas sobre o gelo e escaladas.

FAUNA:

  • Guanacos - camelídeos nativos da América do Sul, encontram-se em abundância no Parque.
  • Huemul - tipo de cervo, presente no escudo nacional. Em perigo de extinção, sua proteção é prioridade no Parque.
  • Ñandu - da família das emas e avestruzes, essas aves não voam mas, correndo, alcançam alta velocidade.
  • Puma - não é fácil ver um Puma por ali. Ainda bem. O folheto que eles distribuem na entrada do Parque mostra o passo a passo de como proceder, caso encontre um. Uma observação importante é não fazer passeios sozinhos pelo parque. Os poucos ataques que aconteceram a turistas foram aos que passeavam sem companhia.
  • Raposas - chamadas de “zorro”, existem duas espécies na região, diferenciadas pelo seu tamanho.
  • Pica-pau - uma das maiores espécies do mundo.
  • Condor - símbolo da Cordilheira dos Andes, pode voar a 4500m de altura e sua envergadura (distância entre as asas, quando abertas) pode chegar a 3,3m.
  • Flamingo chileno.

OS PRINCIPAIS CIRCUITOS

  • Circuito O ou Macizo Paine Grande - Tem esse nome porque dá uma volta completa no Macizo Paine (90,5 km de extensão que podem ser percorridos entre 7 a 10 dias (dificuldade média-alta)
  • Circuito W - A união dos pontos de interesse desse circuito forma a letra W. (76,1km de extensão e uma duração aproximada entre 4 e 5 dias. (Dificuldade baixa-média).
  • Circuito Veicular - Como o nome diz, é feito com algum tipo de veículo. No nosso caso, de van. As estradas são de terra, geralmente em bom estado.

HOSPEDAGEM

O Parque tem área de camping e hotéis, inclusive os hotéis de luxo Explora e Tierra.

SERVIÇOS

  • Informação turística
  • Centro médico
  • Posto policial
  • Banheiros
  • Restaurantes

DICAS IMPORTANTES

  • No Parque praticamente não há Internet nem sinal telefônico e o acesso à eletricidade é escasso.
  • Respeite as rotas e sinalizações. Não caminhe fora das trilhas. 
  • Leve dinheiro ou cartão. Não espere encontrar um caixa automático no Parque.
  • Fumar é proibido nas trilhas e dentro dos refúgios. Existem fumódromos em locais específicos.
  • Vá com roupas e sapatos confortáveis próprios para caminhadas (trekking). Boné ou chapéu, filtro solar, repelente de mosquitos, óculos escuros e garrafa de água também são importantes.
  • Veja a previsão do tempo para a região. Um casaco corta vento, mesmo no verão, pode ser imprescindível. Venta muito em alguns locais.
  • Cuide e retorne com o lixo que você produzir por lá.
  • Não alimente nenhum animal que porventura você possa encontrar.
  • O uso de fogareiros só é permitido em lugares claramente sinalizados.
  • Saiba que, reservar um só dia para o passeio, como nós fizemos, é muito pouco para conhecer todas as belezas do lugar.



No próximo post falaremos do nosso destino seguinte na Patagônia – a cidade de Punta Arenas. Até lá!


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