Uma viagem para a belíssima Polinésia Francesa, com
seu mar azul turquesa, estava nos nossos planos fazia tempo. Quanto mais nos
aprofundávamos nas pesquisas sobre nosso destino, mais encantados ficávamos! É
um destino caro, é verdade! Por isso, quando decidimos viajar para a Polinésia
Francesa para comemorar nossos 50 anos de idade, começamos a estudar e
pesquisar cuidadosamente a melhor relação custo-benefício e começamos a poupar
especificamente para essa viagem. E foi durante essa pesquisa que chegamos no extinto
blog MauOscar, hoje Fotos e Destinos, onde conhecemos o cruzeiro feito pelo navio
Paul Gauguin. Começamos a considerar a possibilidade, isto é, a fazer contas e
comparativos. Levando em consideração o destino (caro), a locomoção entre as ilhas
(de barco ou avião), hospedagens em cada ilha visitada e alimentação, vimos que
a possibilidade de um cruzeiro com tudo incluído teria um bom custo benefício. Acabamos
fechando o nosso pacote com a The Blue Sea Cruises, empresa do Rio de Janeiro especializada em
cruzeiros.
Resolvemos chegar à Polinésia Francesa vindo de
Los Angeles para irmos nos acostumando com o fuso horário e aproveitar a
oportunidade para fazer umas comprinhas. Logo na chegada, em Papeete, já no
aeroporto, pudemos sentir a simpatia daquele povo: fomos recebidos com a
melodiosa música local e com lindos colares de flores.
Durante nossa viagem, percebemos que a Polinésia
Francesa e as Ilhas Cook são muito mais do que os vários tons de azul de suas
águas: são países cujo povo, de costumes simples e sorriso no rosto, herdou dos
seus ancestrais Ma’ohi uma expressiva e rica história. Uma viagem como essa vai
muito além de se hospedar em um dos famosos, românticos – e caríssimos –
bangalôs sobre a água. É uma experiência inesquecível, principalmente quando
você tem a oportunidade de interagir com alguns de seus habitantes e aprender,
por exemplo, que as tatuagens que carregam por sobre sua pele é muito mais que
modismo: os símbolos têm um significado e cada um tem uma história. Para quem
procura uma experiência fascinante com belezas naturais, esportes náuticos,
mergulho, misturada com a vivência de uma cultura preciosa, com danças, músicas
e ritmos sensuais e vibrantes, esse é um dos destinos mais indicados. Mergulhar
com arraias, nadar com tubarões, fazer snorkel próximo aos corais, sempre com a
preocupação da preservação da biodiversidade marinha, fez dessa viagem uma das
mais memoráveis que fizemos. Essa região é tudo isso e muito mais: visitar a
fazendas de pérolas negras, um dos principais símbolos do local, conhecer um
Marae – templos sagrados a céu aberto -, receber colares de flores – leis – na
sua chegada ao país e de conchas na sua despedida, tudo isso faz desse lugar um
destino incrível e inesquecível.
Em resumo, a nossa viagem ficou assim:
- Voo Rio-Los Angeles, com conexão em Atlanta, pela Delta Air Lines;
- 2 noites em Los Angeles, no hotel Hampton Inn & Suites LAX El Segundo;
- Voo Los Angeles-Papeete, pela Air Tahiti Nui;
- 1
noite no Tahiti, no hotel Intercontinental Tahiti Resort & Spa;
- Cruzeiro de 11 noites no navio Paul Gauguin – “Cook Islands & Society Islands”;
- 1 noite no Tahiti, no hotel Intercontinental Tahiti Resort & Spa;
- Voo Papeete-Los Angeles, pela Air Tahiti Nui;
- 2 noites em Los Angeles, no hotel Hampton Inn & Suites LAX El Segundo;
- Voo Los Angeles-Rio, com conexão em Atlanta, pela Delta Air Lines.
Manhattan Beach – Los Angeles
|
Aeroporto Los Angeles
|
Aeroporto Faa’a – Tahiti
|
Intercontinental Tahiti Resort & Spa
|
MS Paul Gauguin
|
O pacote do cruzeiro incluía - além de 11 noites a bordo do MS Paul Gauguin pela Polinésia Francesa e Ilhas Cook - os
voos de ida e volta de Los Angeles a Papeete. Incluímos, ainda, nesse pacote, uma
noite de hotel no Tahiti, tanto na ida quanto na volta do cruzeiro, além de um
serviço de lavanderia durante a nossa estadia no navio.
Paradas do cruzeiro: Aitutaki e Rarotonga (Ilhas
Cook); Huahine, Bora Bora, Taha’a, Moorea e Tahiti (Polinésia Francesa).
Tahiti
|
Huahine
|
Aitutaki
|
Rarotonga
|
Bora Bora
|
Taha’a
|
Moorea
|
ONDE FICA
A Polinésia Francesa está localizada no meio do Pacífico
Sul, entre a Ilha de Páscoa e a Nova Zelândia, e cobre cerca de 5,5 milhões de
metros quadrados no oceano. O país possui 5 arquipélagos.
Society Islands, que é o maior
deles, composto por 9 ilhas e 5 atóis, que são divididos em dois grupos: The Winward
Islands, composta por Tahiti, Moorea, Maiao, Tetiaroa e Mehetia e as Leeward
Islands com Huahine, Raiatea, Taha’a, Bora Bora, Maiputi, incluindo as
inabitadas Tupai, Mopelia, Scilly e Bellingshausen.
Tuamotu, Gambier, Austrais e Marquesas,
são os outros arquipélagos, com diversas outras ilhas habitadas e inabitadas.
São 118 ilhas e atóis com cenários deslumbrantes.
Muitos chamam a Polinésia Francesa de Tahiti. Mas
o Tahiti é apenas uma das ilhas (a maior delas) do arquipélago Society Islands.
A capital da Polinésia Francesa é Papeete (pronuncia-se Papê-êtê) e fica na
ilha do Tahiti. É um país que tem uma certa autonomia, mas também faz parte da
França. O aeroporto fica em Faa’a, também na ilha do Tahiti.
Já as Ilhas Cook, com cerca de 13.000 habitantes,
ocupam uma região de 240 km² no sul do Oceano Pacífico no meio do caminho entre
a Nova Zelândia e o Hawaii e são compostas por 15 pequenas ilhas, sendo
Rarotonga a capital, que está bem preparada para receber voos de vários países.
Desde 1965 as Ilhas Cook têm seu próprio governo em livre associação com a Nova
Zelândia.
COMO CHEGAR
Existem 2 trajetos que levam à Polinésia Francesa
a partir do Brasil. Via Chile (com escala na Ilha de Páscoa) ou via Estados
Unidos (Los Angeles). Rio x L.A. = 10 horas e 30 minutos de voo. O voo de Los
Angeles até o Tahiti leva cerca de 8 horas (pela Air Tahiti Nui). Um casal de brasileiros
que conhecemos durante o cruzeiro, viajou até à Nova Zelândia, e de lá para o
Tahiti. É uma possibilidade, para quem quiser conhecer primeiro aquele país da
Oceania antes de ir à Polinésia Francesa.
HOSPEDAGEM
A única
dica que podemos dar sobre hospedagem é no Tahiti, pois o restante de nossa
viagem foi todo a bordo do MS Paul Gauguin. Como já dissemos, ficamos no
Intercontinental Tahiti Resort & Spa que reservamos junto com o pacote do
cruzeiro. Mas toda a Polinésia é cheia de hotéis – grandes e pequenos – bed and
breakfast, quartos em casa de família e outros tipos de acomodação, com os mais
variados valores. Muito procurados são os bangalôs sobre a água. Se esse for
seu sonho de consumo, prepare-se para desembolsar alguns milhares de dólares
nesse tipo de hospedagem.
A
distância do aeroporto até o Intercontinental Tahiti Resort & Spa é muito
pequena. Também está incluído no pacote o almoço do dia da viagem, feito no
hotel, antes do embarque no cruzeiro, assim como o café da manhã e os transfers
(de ida e de volta) do aeroporto até o hotel e do hotel até o porto de Papeete.
O hotel
tem duas lindas piscinas, dois restaurantes (Te Tiare Restaurant e Le Lotus Restaurant), três bares (Lobby Bar Terrace, Lotus
Swim-Up Bar e o Tiki Bar), lojas e muito mais.
O
almoço, no estilo buffet, é servido no Te Tiare é e estava excelente! Muita
salada, carnes e sobremesa. O sistema de estadia conjugada com o cruzeiro é
muito interessante!
O café
da manhã é servido no mesmo local e é bastante farto.
Jantamos
uma noite no Le Lotus que atende somente com reserva e fica bem próximo ao mar.
Apesar de bacana, não achamos a comida maravilhosa.
Já no Lobby
Bar Terrace, vale a pena comer algo por lá na noite da chegada do aeroporto,
pois o voo chega muito tarde e os restaurantes do hotel já estão fechados.
O Tiki
Bar é excelente na hora do happy hour, bem como à noite onde ocorrem
apresentações de dança tahitiana.
CLIMA
A temperatura na Polinésia varia entre 20ºC e 30ºC
durante o ano. A época mais chuvosa vai de novembro a abril.
As Ilhas Cook têm um clima tropical com
temperaturas que variam de 18ºC a 28ºC nos meses de maio a outubro. No verão a
temperatura varia entre 21ºC e 31ºC.
MOEDA
A moeda da Polinésia Francesa é o Franco da Compagnie
Française du Pacifique (xpf).
Nas Ilhas Cook a moeda é o dólar Neozelandês, mas
a moeda das Cook Islands (cook island dollars) circula pelas ilhas, mas é praticamente
um souvenir.
VOLTAGEM E TOMADAS
220 volts, com tomadas de dois
furos redondos paralelos (tipos C e E). Os aparelhos brasileiros com a
antiga configuração de dois pinos redondos paralelos (tipo C) não precisam
de adaptador, mas os novos – com três pinos redondos, sendo dois paralelos
e o do meio ligeiramente abaixo (tipo N) – precisam.
FUSO HORÁRIO
O fuso horário é de -7h em relação ao Brasil. Por
exemplo: quando aqui no Brasil são 21h, na Polinésia Francesa ainda são 14h.
IDIOMA
Na Polinésia Francesa a língua oficial é o francês,
mas o Maori é bem falado nas Ilhas Sociedade. Nos outros 4
arquipélagos, há variações de idioma.
Já nas Ilhas Cook o inglês é o idioma oficial,
mas o povo tem seu próprio idioma Maori e várias ilhas têm o seu dialeto.
VISTO
Em geral, os brasileiros não precisam de visto
para entrar na Polinésia Francesa nem nas Ilhas Cook.
Porém, se sua estadia for superior a 3 meses na
Polinésia ou a 1 mês nas Ilhas Cook, o visto será necessário.
VACINAS
Apesar de não terem solicitado nossa carteira
internacional de vacinação ao chegarmos na Polinésia, o país está na lista da
Organização Mundial de Saúde (OMS) como sendo um dos que exigem a vacina.
Então, esteja precavido. Nós tomamos, também, por precaução, a vacina
contra hepatite.
O QUE LEVAR
Por ser um destino de praia, com muitas
atividades aquáticas, as mulheres devem levar na mala tudo que levariam para um
destino de praia aqui no Brasil: biquinis e maiôs, saídas de praia, shortes,
camisetas, vestidos leves, tênis, sandálias rasteirinhas e chinelos. Para os
homens, caso se sintam à vontade, levem sunga, (lembrando que fora do Brasil,
os homens usam mais shorte de praia do que sunga), camisetas, T-shirts, tênis e
chinelo. Não esqueçam o filtro solar, chapéu/boné/viseira, óculos de sol e
protetor labial.
Agora, para as noites no navio recomendamos um “dress
code” mais arrumado. O próprio navio sugere o que se chama de “country club”. Para
os homens, uma calça social e uma camisa de manga comprida resolvem. Para as
mulheres, saias e blusas, vestidos (longos ou não), saltos altos e bolsas
pequenas.
NÃO VOLTE SEM
- Experimentar a famosa cerveja Polinésia, a Hinano;
- Uma canga (pareô) pintada à mão (se quiser trazer algo fabricado lá mesmo, dê preferência aos artesãos locais. Muitas peças têm etiqueta de fabricação em outros países);
- Uma das melhores baunilhas do mundo para incrementar suas receitas;
- O Monoï oil– óleo perfumado famoso na região muito usado em massagens e também para hidratar corpo e cabelos. O original é feito apenas com pétalas de tiaré (a gardênia do Tahiti, flor símbolo do país) infundidas no óleo de coco. Mas você encontra de várias outras fragrâncias;
- E, caso orçamento permita, uma linda joia com as famosas pérolas negras, conhecidas por sua diversidade de tamanho, formato e variações de cores.
RECOMENDAÇÕES
- Caso opte por fazer o voo a partir de Los Angeles, lembre-se de ter um visto americano válido.
- Coma algo antes de ir para o aeroporto de Los Angeles, pois o terminal internacional, apesar de gigante, tem uma praça de alimentação bem pequena.
- Calcule bem o que vai levar para a Polinésia, pois a Air Tahiti Nui só permite 1 mala de 23kg.
- Por incrível que possa parecer, as lembranças compradas na boutique do navio são mais baratas que nas ilhas, principalmente em Bora Bora.
- Leve um par de sapatos para coral (reef shoes) pois existem muitos ouriços naquela região;
- O city tour pós cruzeiro oferecido pela Paul Gauguin é completamente dispensável.
Que tal chegar na Polinésia já sabendo algumas
palavrinhas no idioma local?
- Maeva – bem-vindo;
- Ia Orana – bom dia;
- Mauruuru – obrigado;
- Motu – ilhotas ao redor das ilhas maiores;
- Lagoon – piscina natural formada pela água do mar represada pela barreira de corais, onde a água é mais turquesa;
- Tiaré – flor símbolo da Polinésia (gardênias do Tahiti);
- Tikis – esculturas em madeiras que representam Ti’i, o ancestral do homem, metade deus, metade humano de acordo com as lendas;
- Maraes – locais sagrados de cerimônia, dedicados aos antigos deuses polinésios;
- Ukulele – tradicional instrumento de cordas da Polinésia;
- Pandanus – árvore tropical típica da região da Oceania e Polinésia. Suas longas e finas folhas são usadas para fazer bijuterias, bolsas, braceletes, ornamentos para o cabelo...;
- Poisson au lait
coco ou poisson cru – prato típico da região feito com cubos de peixe
cru (atum), marinado no limão, sal, legumes ralados e o leite de coco extraído
na hora;
- Hinano – é a cerveja local;
- Leis – colar de flores;
- Heis – coroa de flores.
Comentários
Postar um comentário