Como
comentamos no post anterior pegamos o nosso carro na Hertz de Veneza (agência da
Piazzale Roma) e partimos em direção a Verona, a cidade de Romeu e Julieta.
As
estradas são boas e têm 3 pistas nas duas direções. O pedágio funciona assim: é
todo automatizado e não tem funcionário para te atender. Quando se entra em um
trecho pago, há uma cabine para você retirar um tíquete. Não se paga nesse
momento como no Brasil. Tem que prestar atenção para não entrar no guichê
errado. Alguns são para quem tem o passe livre, como se fosse o sistema “onda
verde” do Brasil. Chegando no guichê, é só apertar um botão e o seu tíquete vai
sair. Pegue o tíquete, deixe ele disponível para
quando tiver que pagá-lo, e continue sua viagem. Quando chegar o momento de
pagar o seu trajeto, você vai ter que, necessariamente, passar por outra praça
de pedágio, sempre em uma das saídas das autoestradas. Você vai inserir o
tíquete no local indicado, vai aparecer o valor na tela e você coloca o
dinheiro. O valor será proporcional ao total de quilômetros rodados a partir
do seu ponto de entrada. Se tiver troco aguarde até ele cair todo na caixinha.
A cancela vai abrir e pronto.
Chegamos
em Verona por volta das 11h. Estacionamos em um dos muitos estacionamentos que
tem na cidade (Parcheggio Multipiano Cittadella) e saímos andando para visitar
os pontos turísticos.
Nossa
primeira parada foi na Piazza Brà, onde está a Arena de Verona, construída na primeira
metade do século I, como um anfiteatro romano que foi palco de combates dos
gladiadores e onde, hoje em dia, acontecem shows que vão da ópera ao rock e
também peças de teatro. É o terceiro maior anfiteatro da Itália e o mais bem
preservado, sendo um dos lugares mais visitados em Verona.
Também
na Piazza Brà está o Palazzo Barbieri, no estilo
neoclássico, que agora é a sede da prefeitura da
cidade. O palácio foi originalmente chamado Palazzo della Gran Guardia Nuova e abrigava funcionários associados às forças do
Exército Austríaco ocupantes.
Para se chegar até
a Piazza Brà existe um portão denominado “I portoni della Brà”, formada por
dois arcos e com um grande relógio.
De
lá fomos para a Ponte di Castelvecchio ou Ponte Scaligero que é uma ponte de
pedestres sobre o rio Ádige e
considerada a mais bonita de Verona. Construída no século XIV com mármore
branco e vermelho e tijolos terracota, a ponte foi quase que totalmente
destruída durante a II Guerra Mundial pelo exército alemão. Sua restauração
teve início em 1949 e foi reconstruída respeitando sua forma original. De lá se
avista o castelo do mesmo nome. Tiramos algumas
fotos e fomos procurar um lugar para comer.
Antes, ainda
passamos por duas belas construções históricas: o Arco Dei Gavi e a Porta
Borsari, antigos portões romanos.
Como
fizemos durante toda a nossa viagem, escolhemos o restaurante olhando o
cardápio na entrada: se gostamos do preço e dos pratos, entramos. Passamos pelo
Ristorante e Pizzeria San Matteo, que está
instalado, inusitadamente, na antiga igreja de San Matteo, cuja construção foi
finalizada no século XVIII, no Centro Histórico de Verona, perto da Porta
Borsari. O restaurante tem o chão de vidro em determinados locais de onde você
pode ver a cripta da igreja. Não tem nada de luxo, mas foi uma bela descoberta
para o almoço e com preço honesto. Pedimos um risoto com gorgonzola, que nada
tinha de sabor de gorgonzola, mas estava gostoso. Bebemos um chope e uma água.
Depois fomos na Casa de Julieta (Casa di Giulietta), um dos locais
mais visitados de Verona, situada na Via Capello, 23.
O prédio é uma construção do século XIII e pertencia à família Dal
Capello. A casa, abandonada, foi comprada pela prefeitura da cidade e,
aproveitando a história da famosa peça tragédia de Shakespeare, se transformou
no local onde, supostamente, Julieta teria vivido.
No pátio que dá
acesso à entrada da casa tem uma estátua de bronze de Julieta, instalada no
final dos anos 1960 e, diz a lenda, que quem toca o seio
direito de Julieta tem felicidade no amor. A casa está aberta para visitação (Ingresso: €6) e muitos turistas não resistem à foto tirada da
sacada do prédio, de onde Julieta ouvia as juras de amor de Romeu.
O local é sem graça e com a entrada totalmente pichada! Depois
soubemos que as pichações são, na verdade, declarações de amor que são
registradas nas paredes. A Prefeitura já tentou coibir esse tipo de ato, mas
pelo visto, em vão.
A Casa di Giulietta
está aberta ao público às segundas-feiras de 13:30 às 19:30 e de terça a
domingo de 8:30 às 19:30.
Depois
passamos pela Piazza delle Erbe, a praça das ervas onde têm inúmeras
barraquinhas que vendem de frutas a imãs de geladeira. Antigamente era nessa
praça onde acontecia a vida política, econômica e social da cidade. Em seu
entorno há belas construções históricas, entre elas o Palazzo Maffei, a Torre
del Gardello e uma fonte datada do século XIV, a construção mais antiga da praça,
a Fontana de Madona Verona.
Caminhamos,
ainda, em direção a Ponte Pietra, a ponte mais antiga de Verona que cruza o rio
Ádige, datada de 100 AC. De lá podemos avistar o Teatro Romano e o Castel San
Pietro.
Retornamos
para o estacionamento, cujo valor ficou em €10. Para pagar o estacionamento
também é tudo automatizado: você insere o bilhete, aparece na tela quanto você
tem que pagar, você coloca o dinheiro, moeda ou nota e,
se precisar, te dão o troco. O bilhete é
devolvido para passar na cancela.
O
mapa a seguir mostra a localização das principais atrações que nós vistamos em
Verona:
Continuamos
viagem em direção a Sirmione, uma das cidades mais bonitas que ficam à beira do
Lago de Garda, chamada de a Pérola do Garda, e que falaremos no próximo post. Até
lá!
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