Petrópolis - Cervejaria Bohemia

Em nosso passeio à cidade imperial dedicamos uma manhã inteira para conhecer a fábrica da cerveja Bohemia que foi reinaugurada em maio deste ano contendo um moderno, lúdico e imperdível museu temático da cerveja. Acabamos dando sorte, pois pegamos os últimos dias de uma promoção onde o ingresso saía pela metade do preço!




“A fantástica viagem pelo mundo da cerveja”. Essa é a frase estampada no planfleto que recebemos na recepção da cervejaria Bohemia em Petrópolis e após lerem este post vocês concordarão que se trata da melhor definição do passeio.

Antes do início do passeio é preciso retirar o ingresso na recepção, onde uma pulseira de identificação é colocada em seu pulso direito com um código de barras que o identificará em toda a sua visita na cervejaria. Assim, o visitante é convidado a cadastrar o seu e-mail ou conta do Facebook no sistema para que seja feita uma vinculação com a sua identificação por meio do código de barras da pulseira.




O complexo cervejeiro possui 7 mil metros quadrados de área de exposição, divididos em 20 ambientes, onde os visitantes conhecerão curiosidades de mais de 8000 anos da cerveja, mergulhando na história e rituais do universo cervejeiro de forma lúdica e interativa, através de recursos audiovisuais modernos, muita tecnologia e pesquisa histórica. Segundo os criadores do projeto, a ideia teve como inspiração a Heineken Experience, em Amsterdã e a Guinness Storehouse, em Dublin. Durante todo nosso trajeto fomos recebidos e monitorados por jovens muito bem treinados e cordiais, preparados para responder qualquer dúvida que tivemos sobre a história da Bohemia.



Iniciando o passeio somos convidados a entrar em um elevador que nos leva ao primeiro ambiente – “A saga da cerveja” – onde estão localizadas informações de como a cerveja surgiu e se expandiu através dos continentes. Ao som de música árabe, somos apresentados a Ninkasi, a deusa da bebida. Em seguida, uma réplica do Código de Hammurabi, um dos mais antigos códigos de leis da humanidade, escrito em pedra. Descobrimos que, além do "olho por olho, dente por dente", o famoso código trazia uma punição pesada para os mestres cervejeiros: "quem produzir cerveja ruim será morto”.








Percorrendo a exposição, passamos vários minutos lendo tudo a respeito da história e da produção da cerveja, como por exemplo sobre as confrarias dos monges, as tabernas medievais e a cidade de Pilsen, na República Tcheca.







Uma parte interessante desse ambiente é a referência aos “santos cervejeiros”. São listados 7 santos que tiveram alguma influência na história da famosa bebida.






Aqui, uma seção trata exclusivamente da história da cerveja no Brasil.





Ainda nesse ambiente podemos verificar diversas informações sobre várias cervejas produzidas ao redor do mundo, bem como sobre os estilos de cerveja existentes.






Saindo desse primeiro ambiente, passamos pela réplica da Praça Koblenz, uma referência ao local fundado em 1845 pelos primeiros colonos alemães que chegaram a Petrópolis, localizada em frente à cervejaria. Esse espaço contém informações sobre a cidade e a cerveja Bohemia.




Como no Brasil a cerveja passou a ser consumida após a chegada de D. João VI e da família real em 1808, Petrópolis acabou se fundindo com a história da Bohemia, quando um colono alemão chamado Henrique Kremer passou a produzir, em 1853, em escala industrial, a cerveja no Brasil. Na época, Kremer adquiriu a Imperial Fábrica de Cerveja, nome que constava no primeiro rótulo, que depois se transformou na Cervejaria Bohemia, cuja produção inicial era de 6 mil garrafas por mês.

O próximo ambiente era a “Sala do mestre”, local que guarda o conhecimento e a tradição dos homens que foram os guardiões da fórmula da Bohemia.

Nessa sala assistimos a um filme sobre a história da Bohemia e pudemos contemplar diversas peças que fizeram parte dessa história, como documentos, objetos e particularidades dos mestres cervejeiros, inclusive fotos da família fundadora da cervejaria, a família Kremer, em especial de Carolina Kremer, cujo rosto é estampado até hoje nos rótulos das cervejas Bohemia.







Ali também estão expostas todas as cervejas da "família" Bohemia, como a Pilsen, a Black, a Weiss e a Abadia.




A próxima sala é a “Sala dos ingredientes” – onde tivemos a oportunidade de conhecer os 4 ingredientes da cerveja – água, malte, lúpulo (o espírito da Bohemia) e levedo (elemento transformador), e também o papel e a importância de cada um deles na produção da Bohemia. Degustamos o malte de cevada, aveia e trigo, antes de irem para a fermentação.







No ambiente onde ocorre a alquimia, estão presentes os tanques originais da cervejaria Bohemia, onde obtivemos informações sobre todas as etapas de um processo de produção de cerveja.

Essa parte do passeio é composta por duas fases: a primeira, conhecida como a parte quente é onde o mosto cervejeiro é formado com a mistura da água, malte e lúpulo. Em seguida, tem início a segunda fase, a fria, quando o mosto, depois dos processos de resfriamento, fermentação, maturação e filtração, se transforma em cerveja.







Após a explicação sobre o processo de alquimia cervejeira fomos surpreendidos com a abertura de um grande barril onde um funcionário da Bohemia nos esperava com duas canecas de chopp Bohemia fresquinho, recém produzido, para que nós, “mestres cervejeiros” pudéssemos confirmar a qualidade e a perfeição do lote. Aliás, ali é o único lugar do mundo onde se pode experimentar o chopp da Bohemia.




Antes de chegarmos ao próximo passo, passamos por corredores onde se encontravam diversos barris originais, engradados de cerveja com nome de algumas cidades que recebiam a cerveja e diversos cartazes com propagandas antigas da Bohemia.







O próximo passo foi ir a um local onde uma funcionária nos deu dicas de degustação e harmonização, realizando um verdadeiro ritual cervejeiro na forma de celebração e diversão. Aqui pudemos aproveitar para saborear a Bohemia Confraria que, por sinal, estava uma delícia!




Na saída desse ambiente um painel continha a expressão “saúde” em diversos idiomas.



Em seguida chegamos ao “estúdio”, local onde se pode explorar alguns temas que fizeram parte da visita, escolher seu próprio rótulo de Bohemia, tirar fotos, entre outras atividades interativas. Há ainda a possibilidade de enviar as imagens por e-mail e para as principais redes sociais.



O próximo passo é conhecer a atual fábrica da Bohemia, onde podemos, finalmente, observar o funcionamento real de uma cervejaria, acompanhando de perto todo o processo cervejeiro da Família Bohemia.




Existe ainda um espaço chamado “Boteco Bohemia”, onde os visitantes e também o público em geral podem beber a sua Bohemia favorita sem se importar com o tempo.


Com certeza trata-se de uma experiência única e que pode ser considerado como um dos maiores e mais completos centros de experiência cervejeira do mundo, mantendo, dessa maneira, o nome de Petrópolis marcado na história do Brasil!




Serviço:
Endereço: Rua Alfredo Pachá 166, Centro Histórico, Petrópolis – RJ
Horário: quarta a sexta de 11h às 16h:30 18h; sábados, domingos e feriados de 11h às 18h:30 20h.
Preço: Inteira - R$39,00 R$19,50; Estudantes e maiores de 60 anos - R$19,50 R$9,50; Moradores de Petrópolis – R$15,00 R$9,50; Menores de 18 anos – de graça, porém somente acompanhados de pais ou responsáveis, não sendo permitida a interação em nenhuma atividade da Cervejaria.

Comentários