Quebec City é a capital da
província de Quebec e é uma das 8 cidades mais visitadas na América do Norte,
além de ser a mais antiga do Canadá.
A cidade foi fundada em 1608 pelo francês
Samuel de Champlain e ficou sob o domínio dos franceses até 1759, quando foram
derrotados pelos ingleses na batalha das Planícies do Abraão (“Plains of
Abraham”), local que se encontra preservado até hoje.
Apesar da vitória da Inglaterra, os ingleses não
conseguiram impor sua cultura na cidade e nem na província, sendo a língua
francesa a oficial da região.
A parte turística da cidade é conhecida
como “Old Quebec” ou “Viuex-Québec”, sendo a única cidade murada da
América do Norte.
Existem vários portões de entrada para a
cidade velha. Uma grande pedida é ir conhecê-los e tirar umas fotos por lá,
especialmente à noite.
Essa parte histórica é toda preservada e
várias ruas não possuem passagem para automóveis. Como o nosso hotel se
localizava em uma dessas ruas – Rue Sainte-Anne - ao chegar na cidade estacionamos em uma rua
paralela para poder chegar ao hotel “Auberge Place D’Armes”.
O sistema de estacionamento nas ruas da Quebec histórica é controlado por máquinas ao longo das vias que permitem aos
visitantes pagar com moedas ou com cartões de crédito, imprimir o comprovante e
deixá-lo no interior do automóvel. Durante os dois dias de nossa estadia,
verificamos que vários fiscais da prefeitura circulavam pelas ruas controlando
o correto uso das vagas.
Logo percebemos que a cidade estava
lotada e um dos motivos era o de que três navios de cruzeiro estavam
ancorados por lá.
O hotel Place D’Armes está muito bem
localizado na região da Place D’Armes, bem próximo às principais atrações da
cidade, incluindo o mundialmente famoso “Chateau Frontenac”, hotel
de 1893 e cartão postal de Quebec.
O quarto onde ficamos no “Auberge Place D’Armes” ficava no terceiro andar do
prédio, mais precisamente no sótão, completamente reformado e muito
bonito. O piso do banheiro era aquecido e o chuveiro, quando ligado, acendia e
mudava de cor. Luzes de led indicavam a temperatura da água pela cor: verde,
azul e vermelho. Um “dock station” também estava disponível.
Porém o prédio não tem elevador e o
estacionamento é bem longe do hotel e não é gratuito. Logo depois do nosso check-in um funcionário pegou as chaves do nosso carro e o levou para o estacionamento do hotel que fica no subsolo do "Hôtel de Ville". Uma vez estacionado o carro, não o usamos mais para nada durante nossa estadia de dois dias na cidade, pois fizemos todos os passeios a pé.
Os demais funcionários também são super atenciosos e simpáticos (destaque para a atendente Anne) e sempre tinha alguém disponível para ajudar a carregar as malas. Levar 4 malas até o 3.º andar não é mole!
Outro detalhe importante é que o café da
manhã (incluído na diária) servido no restaurante do hotel – Pain Béni – era delicioso!
A rua do hotel - Sainte-Anne - é uma
pequena rua de pedestres que conta com bons restaurantes e é próxima a uma
pequena viela onde artistas expõem suas obras.
Na mesma rua se encontra um Centro de
Informações Turísticas e o “Musée Du Fort” ou Museu do Forte.
Um dos restaurantes que experimentamos
fica justamente na Sainte-Anne – o Bistrô 1640. A comida é
muito saborosa e degustamos uma excelente cerveja artesanal da província de
Quebec – a Maudite, da
cervejaria Unibroue, localizada
na cidade de Chambly.
Um parque bem bonito está localizado nas
proximidades – o Montmorency Park National Historic Site, onde foi possível admirar as cores da “fall
foliage”.
Caminhando pela Rue de Buade, paralela à
do hotel, chegamos à Catedral de Notre Dame de Quebec que vale a visita.
Também na Rue de Buade uma loja nos chamou a atenção: a “Boutique de Noel”,
especializada em produtos natalinos.
Caminhando mais um pouco encontramos a
Rue Saint-Jean, repleta de bares e restaurantes. Comemos no Mike’s,
restaurante italiano com uma cerveja Molson bem gelada.
Outra rua que vale muito a pena conhecer
é a Rue Saint Louis que tem muitos restaurantes bacanas. Resolvemos almoçar
no italiano Bello e não
nos arrependemos: ótima comida e a cerveja Labatt geladíssima.
Na Saint Louis, indo em direção a um dos portões de entrada, pudemos observar diversas charretes que realizam passeios
pela cidade, bem como guias que contam a história da cidade interpretando
personagens históricos.
No entroncamento da Saint Louis com a
Grande-Allée encontra-se o início do “Chemin
Du Roy”, rota turística que passa por diversas atrações entre Quebec City e
Montreal. Falaremos sobre essa rota no próximo post.
Já na Rue Grande-Allée, resolvemos
visitar o Parlamento da província de Quebec, onde naquele momento ocorria um
protesto de muçulmanos contra o governo.
Já de volta à Rue Saint Louis,
encontra-se a Rue de la Citadelle, que nos leva até a Citadelle de Quebec,
fortificação construída para proteger a cidade dos ataques e que se encontra na
região histórica das Planícies do Abraão. Não fizemos o passeio, que é pago e custa 10 dólares canadenses, mas tiramos algumas fotos da
parte externa.
Resolvemos voltar para a cidade por um passeio
público suspenso que começa nas planícies do Abraão, bem ao lado da Citadelle –
o “Promenade dês Gouverneurs”.
Lá do alto pudemos observar o Rio São
Lourenço, em especial os navios ancorados no porto, pessoas praticando esportes
e as balsas que ligam Quebec City à cidade de Lévis, localizada na outra margem do rio.
Após uns 10 minutos de caminhada, o “Promenade
dês Gouverneurs” termina exatamente no “Terrasse-Dufferin”, uma plataforma
suspensa que se localiza bem em frente ao “Chateau Frontenac” e que oferece uma
excelente vista do Rio São Lourenço e do famoso hotel.
Bem ali no “Terrasse-Dufferin” se
localiza a estação do funicular
da parte alta da cidade que por $2,25 oferece aos visitantes uma opção de
descer até a parte baixa. O funicular foi construído em 1879 e era movido a
vapor até 1907 quando passou a ser elétrico.
Após o desembarque na estação inferior do
funicular, vale a pena desbravar a parte baixa da cidade, que é repleta de
charmosas ruas, a maioria de pedestres.
Uma das principais atrações é a Rue Du
Petit-Champlain, repleta de lojas, bares e restaurantes e, com certeza, uma das
mais charmosas da cidade.
Bem perto dali vale a pena dar uma passadinha
na Boulevard Champlain e, para quem gosta de doce, ir até o “Queues de Castor” ou “Beaver Tails”, e experimentar um de seus “beaver tails” - um
saboroso doce em formato de “cauda de castor”.
Ao final da rua está a Rue Du
Marché-Champlain que oferece aos visitantes um dos melhores ângulos do Chateau
Frontenac.
Continuando o passeio pela parte baixa da
cidade, fomos até a Rue Notre Dame onde está localizado um grande painel pintado
(Fresque des Québécois) em um prédio, que retrata cenas do cotidiano
e inclui figuras históricas e alguns escritores e artistas locais.
Um pouco mais à frente encontra-se uma
das mais belas praças da cidade – a Place Royale que pode ser considerada uma das
mais agradáveis da cidade e que foi o local de nascimento da colonização
francesa na América do Norte. Lá existe uma pequena igreja – a “Notre-Dame-des-Victoires”,
de 1687.
O mapa
a seguir mostra a localização das principais atrações citadas neste post:
Com certeza conhecer Quebec City foi um
dos pontos altos da nossa viagem, mas precisávamos deixá-la para trás, pois Montreal
nos esperava. Mas antes passaríamos pela “Chemin Du Roy”, rota turística que liga
Quebec City a Montreal que será tema do nosso próximo post. Até lá!
Olá, parabéns pelo post. Estou indo para Quebec em outubro, e pretendo ir de carro. Você deixou o veículo no estacionamento público durante sua visita? Como ficou o valor?
ResponderExcluirBoa tarde,
ExcluirNão lembro do valor.
O hotel providenciou o estacionamento para mim. O rapaz da recepção pegava o carro todas as vezes que solicitávamos.
Abraço e volte sempre!
Claudio,
ResponderExcluirParabéns pelos excelentes posts, que venho acompanhando desde suas perguntas ao MauOscar. Estarei viajando com a familia (3 filhos adolescentes) em julho/2017. Terei 19 dias uteis, fora o da chegada e saida. Chegaremos por miami QUE SERIA APENAS PONTO DE EMB/DESEMBARQUE. As duvidas começam aí:
A viagem seria WDC-NYC-BOS-NH-QUEBEC-MONTREAL-TORONTO-NIAGARA-MIA-BRASIL. Depois de seus posts, trocaria ottawa por NH.
As únicas certezas que tenho:
-Subiria e desceria para miami de avião e que não usaria carro em WDC-NYC-BOS. Agora, levando em consideração os dias 1/7(canada day, excelente oportunidade de estar no canada?) e 4/7(independence day, nos EUA tudo fecha?) e os meios de transporte, como vc organizaria este trajeto:
1) Por onde comecar? Por WDC-NYC-BOS-NH e subir até Quebec, voltando por Toronto, ou
2) Por Toronto, fazendo o percurso inverso.
3) Onde pegaria/largaria o carro, pra não pagar tx devolução internacional? Pois se pego em Boston, p.ex., poderia devolve-lo em Buffulo e de lá um voo para miami (caso fosse pelo trajeto 1).
Será que podes me ajudar?
agradeço.Andre
Bem, em primeiro lugar obrigado por nos acompanhar e também pelas dúvidas.
ExcluirQuanto aos feriados, nada tenho a dizer, pois nunca estive por lá nessas datas.
Acho que colocar WDC e NYC nessa viagem a torna um pouco complicada, mas vamos lá:
1 - Eu abriria mão de Washington (por conta do tempo) e iria direto para NYC. De lá pegaria um trem ou um voo até Boston;
2 - em Boston alugaria um carro para seguir viagem rumo a NH, Quebec e Montreal. De Montreal voltaria por Vermont, passando pelos Berkshires e devolveria o carro em Boston. Essa opção não incluiria Toronto e Niagara Falls. Na minha modesta opinião. vou repetir, NA MINHA MODESTA OPINIÃO: se você conhece as Cataratas do Iguaçú ficará decepcionado com Niagara Falls. Repito: é apenas uma opinião!
3 - mas se você for manter o seu roteiro, acho melhor pegar o carro em Boston e devolve-lo em Buffalo. De lá pega o seu voo de volta para o Brasil, via qualquer cidade americana.
Espero ter ajudado e fique à vontade para fazer novos questionamentos, ok?
Grande abraço e volte sempre!
Ola Claudio,
ResponderExcluirVc está ajudando bastante e gostaria muito de ouvir sua opinião.
Sobre sua resposta, gostaria de ponderar:
1) Não seria Niagara Falls o ponto e sim Toronto. Como não sei quando voltaria ao Canada, acho que tenho de completar a parte leste, pois se um dia voltar, preferiria fazer a costa oeste. Então QUE-MON-TOR seria importante. Estaria abrindo mão de Ottawa, não sei se concordas;
2) A ideia original seria apenas NYC e o leste do Canada. Ai vem aquela tentação de fazer mais (já que estou em NYC, que tal Boston e Washington).
Bem, vou repensar Washington, conforme sua sugestão.
Agora uma dúvida: Como vou fazer a região da nova Inglaterra de passagem, entre boston e quebec, vc acha que 2 dias seriam plausíveis? saida de boston, nashua/salem(apple), portsmouth, portland (almoço), North Conway (dormida), kancamagus, lincoln, woodstock(almoço), derby, chegada em quebec a noite?
Estou reservando toda a manha para fazer a Kanc. Da tempo pra ver o indispensavel?
Abraços e obg pela atenção!
Show André!
ExcluirBem, acho Toronto dispensável. É uma cidade grande igual às outras. Não tem a beleza de Montreal e de Quebec!
E, realmente a parte oeste do Canadá é o lugar mais bonito do país. Vancouver e as Montanhas Rochosas são demais!
Quanto aos 2 dias que você dispõe para fazer o trecho Boston-Quebec City, estou achando um pouco puxado. Que tal dormir em Portland e continuar no dia seguinte até North Conway? Você aproveitaria melhor o dia. Portland é muito legal! E o seu segundo dia (que poderia ser o terceiro, caso acate minha sugestão), apesar de puxado, é plausível. E dá para conhecer a Kanc pela manhã sim, sem problemas...
Grande abraço e volte sempre!
Olá, quantos dias vcs ficaram em Quebec?
ResponderExcluirMarcos
Em Quebec City apenas 2 dias.
ExcluirAbraço e volte sempre!